
O Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), é um distúrbio crônico psiquiátrico da ansiedade caracterizado pela presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões como descrito no “Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais” (DSM V). Caracterizado pela Classificação Internacional de Doenças (CID10), pela sigla F42.
Existem dois tipos de TOC: O Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico – as obsessões e rituais se repetem com frequência, mas não atrapalham a vida da pessoa; e o Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito: se apresentam obsessões que persistem até o exercício da compulsão e assim, alivia a ansiedade.
As Obsessões são: pensamentos, impulsos, imagens ou palavras que invadem a mente (“intrusos”) contra à vontade da pessoa, consomem tempo, causam sofrimento e são indesejadas. A ocorrência dos pensamentos obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se num obstáculo à vida da pessoa. Como consequências das obsessões vemos as “evitações”, neutralizações, hiper vigilância, indecisões, protelação e por fim, as compulsões devidas ser a única forma de se livrar;
As Compulsões são: comportamentos repetitivos ou atos mentais. São executados em resposta a uma obsessão. Visam reduzir a ansiedade ou prevenir ou desconforto de algum evento ou ser temido.
Geralmente, os rituais do indivíduo se baseiam em simetria, organização, checagem, colecionismo e muitas vezes desenvolvendo nas áreas de limpeza, podendo várias de acordo com o grau de evolução da doença.
Causas
Por ser uma doença crônica, não existe algo esclarecido. O que se sabe por meio de estudos, que existem entre os fatores biológicos, alterações na comunicação entre determinadas zonas cerebrais que utilizam a serotonina. Além disso, existem os fatores psicológicos e sociais, como: histórico familiar, situações de estresse e estilo de vida.
Sintomas:
O principal sinal característico é a presença de pensamentos obsessivos que começam gradualmente e oscilam em gravidade e intensidade no qual levam à realização de um ritual compulsivo para aplacar a ansiedade que toma conta da pessoa. Os sintomas podem ser agravados de acordo com o estilo de vida do indivíduo que pode ser de bastante estresse e desadaptativo. Com isso, os sintomas são divididos de duas formas também:
Obsessivos
Consistindo por uma série de pensamentos, imagens e ideias que vêm à cabeça da pessoa insistente e repetidamente, sem que ela possa controlar. Assim como, organizações excessivas, obsessões por limpeza, pensamentos indesejados e agressivos.
Compulsivos
Consistem em tentar amenizar a ansiedade para evitar que algo terrível aconteça, por meio de rituais e comportamentos repetidos e irracionais. Lembrando que, o cumprimento dos rituais, no entanto, não traz prazer para a pessoa, sendo capaz de reduzir a ansiedade apenas temporariamente.
Como fato curioso, podemos ver que antigamente se achava que era uma doença muito rara. Os franceses diziam que era a doença da dúvida apesar de que, hoje é um transtorno muito comum, 2% da população, com prevalência em escolas de segundo grau. O comum é entre 12 – 13 anos, sendo que ao longo da vida, apenas 10% evoluem para uma deterioração.