Estresse

Os sintomas do estresse são caracterizados por desconforto, perda de interesse pelas coisas, alterações de humor, irritação, dores de cabeça, preocupação, insônia, dores musculares, medo, problemas digestivos, nervosismo, falta de atenção, perda de apetite, formigamento, irritações de pele, frustração, cansaço, hipertensão, queda de cabelo, indignação, ansiedade, depressão, etc.

A sociedade humana é fundamentalmente marcada por transformações desde os primórdios. O homem primitivo foi obrigado a coletar frutos e vegetais para se alimentar, logo em seguida, começou a caçar animais, buscando assim, a sua sobrevivência, sempre evoluindo gradativamente de forma social e cognitiva. Dessa forma, as necessidades de sobrevivência levaram-no a evoluir e descobrir que uma pedra poderia ser afiada até ficar pontiaguda e transformar-se em uma lança ou noutro instrumento que traria maior eficiência às suas atividades. Dessa forma, iniciou o processo tecnológico, desde aquela época, até os dias atuais, desenvolvendo inovações e modificando o meio e a si mesmo.

O homem começou a realizar tarefas mais complexas com as mãos. Deste que começou a viver em sociedade, o Homo sapiens começou a desenvolver a comunicação, seja ela para alertar sobre algum acontecimento, para expressar sua cultura ou sentimento. Nesta perspectiva, passou-se a produzir novas tecnológicas para dar conta dessas questões, assim como a necessidade profissional para a sobrevivência.

No entanto, as condições físicas e psicológicas de cada emprego podem ser significativas para determinado funcionário, já que oferece não só diferentes tipos de trabalho, como gatilhos também pois, cada indivíduo sente e reage diferente a determinados contextos dos quais, alguns podem se sentir confortáveis em determinadas cargas horárias, assim como outros não.

Nessa perspectiva, a primeira Revolução Industrial trouxe o início do processo produtivo das máquinas, capazes de executar tarefas que antes eram atribuídas exclusivamente ao homem, sendo assim, houve um aumento da produtividade. Ao longo dos anos, qualquer indivíduo se tornou capaz de produzir, possibilitando o acesso de novos produtos e serviços, antes indisponíveis à maior parte da população, a um número muito maior de pessoas. Porém, essa facilidade de produção, aos poucos, prejudicou a identidade dos trabalhadores que já não se identificavam mais como classe, perdendo a sua consciência de identidade, dada a extrema heterogeneidade e fragmentação existente no mundo do trabalho.

Tendo assim, o processo globalizado e a migração de indivíduos, a tecnologia passou a movimentar os mercados em busca de maiores capacitações para atuar no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, isto foi essencial para a construção não só da economia, mas da cultura, etnia e a base demográfica. Porém, deve-se entender que a globalização além de aproximar, cada vez mais, os sujeitos, devido o encurtamento das distâncias entre regiões, também os afasta, devido fortes fatores nas relações interpessoais.

O período pós primeira e segunda guerra afetou a vida dos indivíduos e modificou todo o cenário sociocultural, econômico e político. Essa modificação foi desencadeada com o início da produção em massa, já que a quantidade era a base da manufatura de bens, e procurava responder ao aumento da demanda para que houvesse a redução dos custos de produção. Tal fato fez com que as empresas concorrentes passassem a ser obrigadas a seguir um novo modelo para se tornarem competitivas no novo mercado.

Assim, essas rupturas de vínculos com base nesses movimentos provocaram o surgimento do capitalismo, o qual, até hoje, acarreta diversas transformações sociais, econômicas, políticas e tecnológicas. Entretanto, aqueles que buscavam manter sua identidade de trabalhador com sua mão de obra, tiveram que abandonar seus antigos cargos sendo substituídos por máquinas para que houvesse um número maior de produção.

Sendo assim, para melhor qualificar os produtos, houve uma acelerada substituição por modelos mais flexíveis de produção no qual a qualidade da matéria e serviço passou a ser o ponto de referência. Neste contexto, ocorreu uma serie de transformações nos indivíduos, os quais buscavam maior liberdade de escolha, gerando-se um ambiente de mudanças confusas e incontroladas que tendia reagrupar os indivíduos em busca de identidades novas como forma de se reajustar socialmente, sendo coletiva ou individual, tais como, os movimentos religiosos, territoriais e étnicos.

Com isso, passamos a viver em tempos de mudanças aceleradas, que nos obrigam a mudar o nosso modo de viver, pensar e agir. Sendo o nível de estresse por todas essas questões multifatoriais e históricas, cada vez mais intensificado como reflexo da crise social que o mundo enfrenta, em termos de violência urbana, cobranças, metas, transporte, etc. afetando a forma de se sentir nos lugares em que vivemos. Assim, o estresse é uma reação, com componentes físicos e emocionais, que o organismo tem frente a qualquer situação que represente um desafio maior. Pode ser benéfico em doses moderadas, como em fase de alerta, por produzir dopamina.

A Associação Americana de Psicologia definiu a existência de 3 tipos de estresse: estresse agudo, estresse agudo episódico ou estresse crônico. Além disso, existem ainda o Transtorno do Estresse Pós-traumático e o Estresse Pós-Parto.

Os sintomas do estresse são caracterizados por desconforto, perda de interesse pelas coisas, alterações de humor, irritação, dores de cabeça, preocupação, insônia, dores musculares, medo, problemas digestivos, nervosismo, falta de atenção, perda de apetite, formigamento, irritações de pele, frustração, cansaço, hipertensão, queda de cabelo, indignação, ansiedade, depressão, etc.

Assim, para entender melhor, antes de se iniciar o estresse, ele passa por algumas etapas, sendo a primeira dela a de Alerta: sendo mais conhecida como a Fase positiva do stress; Em termos evolutivos, é a qual se prepara para ação; maiores liberações de adrenalina e corticoides; Manifestações agudas; Reação de luta ou fuga; Reação de emergência.

Logo em seguida, o estresse passa pela fase de Resistencia: na qual já existem os primeiros sintomas de sensação de desgaste; A pessoa automaticamente tenta lidar com os seus estressores de modo a manter sua homeostase interna e assim, novos estressores se acumulam no organismo e entram em ação para impedir o desgaste total de energia.

Porém, quando já instalado o organismo tenta reagir como forma de evitar uma Quase exaustão, formando assim uma nova Fase por se caracterizar quando a tensão excede o limite do gerenciável, a resistência física e emocional, começam a se quebrar. Havendo muita ansiedade nessa fase, a pessoa experimenta uma gangorra emocional, tendo maior facilidade do surgimento de doenças.

Em casos extremos, quando a doença se instala, a pessoa pode desenvolver a síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, que é listada pela OMS como doença crônica, por ser um distúrbio psicológico que consiste em tensão emocional e estresse crônico decorrente do trabalho desgastante e um momento em que um desequilíbrio interior ocorre e as decisões muitas vezes são impensadas. Possui sinais mais intensos, como de agressividade, isolamento, enxaqueca, sudorese, palpitação, pressão alta, baixa autoestima, baixa produtividade, ausências no trabalho, alterações de humor, lapsos de memória e dores mais intensas no corpo. Além disso, ela pode ser dividida em três fatores:

Exaustão Emocional:

Caracteriza-se pela fadiga intensa; falta de forças para enfrentar o dia de trabalho e sensação de estar sendo exigido além dos limites emocionais.

Despersonalização:

Caracteriza-se por distanciamento emocional e indiferença em relação ao trabalho ou aos usuários do serviço.

Realização Profissional:

A baixa realização profissional se expressa como falta de perspectivas para o futuro, frustração, sentimentos de incompetência e fracasso.

Como controlar e tratar:

É necessário encontrar e administrar os estressores que estão causando o estresse, para logo em seguida, aumentar a resistência sob eles e mudar a forma de como enfrentá-los. Estabelecendo junto a isso uma maior qualidade de vida, organizando o tempo e modo sobre as atividades de casa e trabalho, tendo juntamente uma alimentação saudável, estabilidade emocional e exercícios físicos aeróbicos para maiores produções dopaminérgicas.

Além disso, como técnicas, pode-se utilizar as de relaxamento, lista de tarefas com metas menores e reais para serem cumpridas e assim depois ir aumentando aos poucos, hobbys, escutar músicas calmas, fazer atividades criativas e por fim, não levar o trabalho para casa/cama.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *